06/06/2011

Saiba como é o processo de seleção do Google Brasil - Mais de 6 mil pessoas serão contratadas em 2011

06/06/2011

Conhecida por ser uma das empresas mais inovadoras de TI, o Google segue bem cotado pelos profissionais da área. Muitos sonham em trabalhar na companhia. Poucos conseguem. E menos gente ainda sabe como é a seleção para quem quer virar um Googler.

Só se pode esperar de uma empresa desse porte que o seu processo seletivo seja bem rigoroso e seletivo. É assim a seleção para trabalhar no Google. E, pelo número de candidatos sempre muito maior do que o de posições disponíveis, sobretudo aqui no Brasil, também é bastante concorrido.
Neste ano, o gigante das buscas tem planos bem ousados. Promete recrutar mais de 6,2 mil profissionais em todo o mundo. Mas a grande novidade é que pela primeira vez o Brasil é olhado com, digamos, maior carinho.


“O Google está aumentando em mais de 50% a sua equipe neste ano, o que significa um número que superará a marca de 200 novas posições na América Latina, sendo aproximadamente 150 só no Brasil. Hoje, além do Brasil, nossa operação na região conta com escritórios também na Argentina, México, Chile, Colômbia e Peru”, revela Ana Carolina Azevedo, gerente de recrutamento do Google para a América Latina.
As 150 oportunidades de emprego a serem preenchidas no país destinam-se aos escritórios que a companhia possui em São Paulo e Belo Horizonte.
O Brasil é um mercado estratégico para o Google. Somos praticamente o único país em que a empresa lidera no segmento de redes sociais, atualmente dominado no restante do mundo pelo concorrente Facebook.
Confira, a seguir, a entrevista concedida pela gerente de recrutamento do Google para a América Latina ao INFO Online.

Entre outros assuntos, ela conta como é estruturada a seleção de candidatos às vagas no país e cita quais são as maiores carências em termos de qualificação verificadas naqueles que participam dos processos seletivos abertos pela companhia.

INFO: Para quais áreas e funções destinam-se essas 150 vagas que o Google pretende preencher nos escritórios do Brasil?
Ana Carolina Azevedo: Para o escritório de São Paulo, as vagas são para candidatos com perfis comerciais e áreas de apoio: administradores, economistas, publicitários e jornalistas. Em Belo Horizonte, buscamos profissionais com carreira mais técnica, especializados em desenvolvimento de sistemas e em programação. Contratamos engenheiros e cientistas da computação.
Portanto, os profissionais de TI têm a chance de atuar tanto em áreas técnicas quanto em segmentos de negócios. O Google busca sempre diversificar e dar oportunidades a todos os profissionais que queiram desenvolver carreira em internet.

INFO: Como é a estrutura do processo seletivo do Google para vagas no país?
Ana Carolina: Basicamente, recebemos os currículos por três fontes: via website do Google, indicações de funcionários e universidades. Todos são avaliados.
Em geral, a seleção começa com a avaliação dos currículos que recebemos. Aqueles que se encaixam são convocados para uma entrevista por telefone com o recrutador e depois para uma entrevista presencial com profissionais do Google nos escritórios. Nessa fase, eles são avaliados sob quatro critérios: habilidade cognitiva/raciocínio analítico, experiência profissional, evidências de liderança e adequação à cultura da empresa.
Por fim, observamos os resultados das entrevistas e também outras informações e evidências solicitadas para compor o perfil acadêmico e profissional. A partir daí, o perfil completo é enviado a comitês de seleção na região e na matriz nos Estados Unidos. Se o candidato for aprovado, ele receberá uma oferta do Google.

INFO: Quanto tempo é necessário para preencher uma posição no Google?
Ana Carolina: Desde a divulgação da vaga até a oferta para o candidato aprovado, o processo de recrutamento no Google dura em média seis semanas.

INFO: Como o Google avalia o nível dos profissionais que se inscrevem para as vagas?
Ana Carolina: O processo seletivo é bem estratégico, com decisão colegiada, focado na atração de pessoas criativas, inovadoras e capazes. Na primeira etapa, de avaliação dos currículos, os critérios de qualificação são: sólida formação acadêmica, bom rendimento acadêmico, bons resultados profissionais e idiomas.
A falta de inglês fluente continua sendo um grande fator de eliminação de bons profissionais.

INFO: Qual a visão do Google sobre o recém-formado em TI no Brasil?
Ana Carolina: A demanda por profissionais qualificados é maior do que a oferta dos mesmos no mercado. Em BH, o Google pretende contratar aproximadamente 80 engenheiros da computação/cientistas da computação.
Para ajudar a suprir essa demanda, estamos atuando cada vez mais próximos as universidades. Nos Estados Unidos, já damos alguns cursos para estudantes, visando atraí-los quando se formarem. No Brasil, temos planos de implantar o mesmo modelo em algumas universidades ainda neste ano.

INFO: Muitos profissionais reclamam do salário oferecido pelas empresas de TI no Brasil, segundo eles incompatível com as várias exigências em termos de qualificação. Por isso, acabam se desinteressando por participar das seleções. Isso é uma barreira para o Google na hora de contratar?
Ana Carolina: Esse não é um problema na atração dos talentos. O Google oferece uma remuneração alinhada ao mercado e as qualificações dos perfis que visa atrair.
Um dos nossos pontos fortes é o pacote de benefícios, que conta com grande incentivo à capacitação profissional e inovação, flexibilidade na jornada de trabalho, além do ambiente divertido e estimulante do escritório que conta com aulas de ioga, massagem e acesso à alimentação saudável, gratuita e disponível ao longo do dia.

Fonte: Revista EXAME
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